terça-feira, 28 de maio de 2013

Uma pequena seleção de grandes livros

DNA - O segredo da vida
James D. Watson e Andrew Berry
Editora: Companhia das Letras                

     Desde que a estrutura da molécula do DNA foi identificada, há pouco mais de cinqüenta anos, a biologia moderna passou por grandes transformações. O cientista James Watson, ao lado de James Crick, foi um dos responsáveis pela descoberta da dupla hélice, e viveu essas revoluções na condição de protagonista.
     Em DNA: o segredo da vida, ele resume os principais acontecimentos que marcaram a biologia, desde os experimentos pioneiros de Mendel e da busca pela eugenia, até as pesquisas mais recentes sobre o funcionamento da molécula de DNA e a intervenção genética. A interferência no genoma de outros organismos abre as portas para a biotecnologia e para o advento dos transgênicos, mas também para a terapia gênica e a medicina do futuro.
Em linguagem simples e com dezenas de fotos e esquemas ilustrativos, Watson apresenta os principais personagens dessa história, aponta as perspectivas que podemos esperar do estudo do DNA e discute suas implicações éticas.



A História da Humanidade Contada Pelos Vírus
Autor: Stefan Cunha Ujvari
Editora: Contexto                                   


     Malária, sífilis, tuberculose, ebola, gripe, aids, sarampo e outros males que atacam a humanidade revelam muito mais da nossa história do que imaginamos. Os passos do homem ao longo das épocas, pelos continentes, o início da utilização de vestimentas, a convivência com diversos animais, o encontro com outros seres humanos: tudo isso pode ser desvendado agora com o estudo microscópico de vírus, bactérias e parasitas que cruzaram - e cruzam - o nosso caminho. Esses pequenos seres têm sido protagonistas centrais e narradores, não meros coadjuvantes, do processo histórico. Por meio do DNA dos microrganismos, podemos saber quando e como as epidemias atuais se iniciaram e de que forma elas condicionaram a existência humana, dizimando populações, estimulando conflitos, infectando combatentes, promovendo êxodos, propiciando miscigenação, fortalecendo ou enfraquecendo povos. Este livro, escrito por um brilhante médico infectologista brasileiro, em estilo agradável e de fácil leitura, traz a genética definitivamente para a área das ciências do homem.



A Célula - Uma Abordagem Molecular
Autor: Geoffrey M. Cooper e Robert E. Hausman                  

Editora: Artmed

     Oferece ao estudante da área da saúde as informações mais atuais sobre biologia molecular e celular, utilizando um texto acessível e amplamente ilustrado.
Introdução
Uma visão geral das células e da pesquisa celular
A química das células
Fundamentos de biologia molecular
O fluxo da informação genética
A organização dos genomas celulares
Replicação, Manutenção e rearranjos do DNA genômico
Síntese e processamento de RNA
Síntese, processamento e regulação protéicos
Estrutura e função celular
O núcleo
Seleção e transporte de proteínas: o retículo endoplasmático, o complexo de golgi e os lisossomos
Bioenergética e metabolismo: mitocôndrias, cloroplastos e peroxissomos
O citoesqueleto e o movimento celular
A superfície celular
Regulação celular
Sinalização celular
O ciclo celular
Câncer.



A Origem das Espécies
Autor: Charles Darwin
Editora: Larousse Brasil                     


     O livro Sobre a A Origem das Espécies, obra científica seminal do naturalista britânico Charles Darwin, foi publicado na Inglaterra em 24 de novembro de 1859. A teoria de Darwin defendia que organismos vivos evoluem através de um processo que chamou de “seleção natural”. Nela, organismos com variações genéticas que se adaptam ao seu meio ambiente tendem a propagar mais descendentes que organismos da mesma espécie aos quais faltam as variações, influenciando, por conseguinte a estrutura genética em geral das espécies.
     Darwin, que foi influenciado pelo trabalho do naturalista francês Jean-Baptiste de Lamarck e do economista inglês Thomas Malthus, constatou grande parte das evidências em favor de sua teoria durante a longa expedição de pesquisas a bordo do HMS Beagle nos anos 1830, que durou cerca de cinco anos. Visitando lugares diferentes como as Ilhas Galápagos e a Nova Zelândia, Darwin adquiriu um conhecimento muito próximo da flora, fauna e geologia de muitas terras.
     A ideia da evolução orgânica não era nova. Tinha sido aventada antes, entre outros, pelo avô de Darwin, Erasmus Darwin, um insigne cientista inglês e por Lamarck, que no começo do século 19 desenhou o primeiro diagrama evolucionário – uma cadeia que levava de organismo unicelulares ao homem. No entanto, só com Darwin que a ciência apresentou uma explicação prática do fenômeno da evolução. Darwin havia formulado sua teoria da seleção natural em 1844, contudo mostrou-se cauteloso em revelar suas teses ao grande público porque contradizia flagrantemente a versão bíblica da criação. Em 1858, com Darwin ainda permanecendo em silêncio acerca de suas descobertas, o naturalista britânico Alfred Russel Wallace publicou por sua conta um artigo que resumia a essência de sua teoria. Darwin e Wallace pronunciaram uma conferência conjunta diante da Sociedade Linnean de Londres em julho de 1858. Darwin resolveu então preparar sua obra para publicação.
     Trazida à luz em 24 de novembro de 1859, a primeira edição de A Origem das Espécies se esgotou rapidamente. A maioria dos cientistas abraçou de imediato sua teoria, visto que resolvia inúmeros quebra-cabeças da ciência biológica. Contudo, os cristãos ortodoxos condenaram o trabalho como uma heresia. A controvérsia quanto as ideias de Darwin aprofundou-se com a publicação de uma série de livros sobre plantas e animais, em particular “A descendência do Homem e seleção em relação ao sexo” e “A expressão da emoção em homens e animais” nos quais expõe a evidência da evolução do homem a partir dos macacos.
     À época da morte de Darwin em 1882, sua teoria da evolução já era universalmente aceita. Em homenagem ao conjunto de seu trabalho científico, foi enterrado na Abadia de Westminster ao lado de reis, rainhas e outras ilustres figuras da história britânica. Subsequentes desenvolvimentos na genética e na biologia molecular levaram a algumas mudanças no entendimento da teoria evolucionista, porém as idéias de Darwin permanecem até hoje como essenciais no campo da biologia.

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