sábado, 8 de junho de 2013

PROTOCTISTAS - 3º ANO DO ENSINO MÉDIO - MANHÃ

    Caros alunos dos 3ºs anos D, E, F, G e H do "Villalva", segue um material que elaborei em forma de resumo, para complementar as aulas que tivemos. As provas serão realizadas dias 11, 12 e 13 de Junho de 2013, boa sorte!


REINO PROTOCTISTA

ALGAS E PROTOZOÁRIOS 

     O Reino Protista é o mais controverso e polêmico; o sistema de 5 reinos propostos por Whittaker e modificado por Schwartz e Margulis reúne ALGAS e PROTOZOÁRIOS como integrantes desse reino.
As pesquisas atuais e literatura científica mais recentes, indicam que esse reino não é monofilético, mas polifilético, ou seja, seus principais representantes têm ancestralidades distintas, e não uma única ancestralidade (monofilético) como a sistemática moderna preconiza. O reino protista reúne espécies que não se encaixam bem como animais, vegetais, nem fungos. Atualmente podemos encontrar novas classificações, mas estou utilizando a forma clássica por ainda ser recomendada para a didática do ensino médio.

ALGAS:
- Vivem no mar, na água doce e em superfícies úmidas.
- Há espécies unicelulares e pluricelulares.
- Maioria autótrofa.
- As espécies pluricelulares são constituídas de talo, filamentos e lâminas que lembram as estruturas dos vegetais superiores, porém, não possuem a mesma complexidade e tecidos bem diferenciados.
- A forma de classificação mais utilizada é por tipo de pigmento presente nos cloroplastos.
- Todo cloroplasto apresenta clorofila a, e um ou mais tipos de clorofilas (b, c e d) e outros pigmentos acessórios como as xantofilas e carotenos.
- A parede celular das algas apresentam celulose, ágar, carragenina, carbonato de cálcio (CaCO3) sob diversas combinações.
- As algas microscópicas povoam largamente a superfície de oceanos e lagos (fitoplâncton), e junto com protozoários e pequenos animais como larvas de cnidários, moluscos e microcrustáceos (zooplâncton) formam as comunidades planctônicas.

Filo Chlorophyta: Clorofíceas ou algas verdes - Uni ou multicelulares - Clorofilas a e b, carotenos e xantofilas - Reserva de amido - Parede celular de celulose.   

Filo Phaeophyta: Feofíceas ou algas pardas - Multicelulares - Clorofilas a e c, carotenos, xantofilas e fucoxantina - Reserva de óleo e laminarina - Parede de celulose e algina.



Filo Rhodophyta: Rodofíceas ou algas vermelhas - Maioria multicelular - Clorofilas a e d, Carotenos, xantofilas, ficoeritrina e ficocianina - Reserva de amido das florídeas - Parede celular de celulose, ágar e carragenina.

Filo Bacillariophyta: Diatomáceas. Unicelulares - Clorofilas a e c, carotenos, xantofilas e fucoxantina - Reserva de óleos - Parede celular de dióxido de silício.



Filo Chrysophyta: Crisofíceas ou algas douradas. Maioria unicelular - Clorofilas a e c, carotenos, xantofilas e fucoxantina - Reserva de óleos e crisolaminarina - Parede celular de celulose ou dióxido de silício.

Filo Euglenophyta: Euglenóides: Unicelulares - Clorofilas a e b, carotenos e xantofilas - Reserva de paramilo - Sem parede celular.


Filo Dinophyta: Dinoflagelados: Unicelulares - Clorofilas a e c, carotenos, xantofilas e peridina - Reserva de amido e óleos - Parede celular de celulose.


Filo Charophyta: Carofíceas. Multicelulares - Clorofilas a e b, carotenos e xantofilas - Reserva de amido - Parede celular de celulose e carbonato de cálcio.


O FENÔMENO DA MARÉ VERMELHA:
Diversas espécies de Dinoflagelados são responsáveis pela maré vermelha, causada pela multiplicação anormal dessas algas pelo litoral, colorindo a água com tons marrom-avermelhados ou alaranjados, e por isso é mais adequado usar o termo "floração de algas nocivas". Esses dinoflagelados em excesso, causam a intoxicação e morte de animais como peixes, crustáceos e moluscos pois liberam substâncias tóxicas na água, sendo perigoso para a saúde o consumo de frutos do mar de regiões afetadas. As causas podem ser variação de temperatura, salinidade, e o despejo de esgotos que enriquecem as águas em fósforo, compostos nitrogenados e outros minerais.     


PROTOZOÁRIOS:
- O termo protozoário (do grego protos, primitivo, primeiro, e zoon, animal) é empregado pelos biólogos para designar um grupo de organismos unicelulares, heterotróficos protistas. 
- Habitam a água doce, salgada, regiões lodosas, terra úmida e o corpo de animais invertebrados e vertebrados, em alguns casos provocando doenças e em outros troca de benefícios. 
- São exclusivamente heterótrofos e se alimentam de matéria orgânica morta, células, tecidos, bactérias, algas e outros protozoários.

Filo Rhizopoda (amebas)

Célula flexível que se locomove através de pseudópodes, que também serve para a captura de alimentos. Algumas espécies formam carapaças ou testas (Tecamebas). Há espécies de vida livre como a Amoeba proteus e parasitas como a Entamoeba Histolytica causadora de disenteria aguda, algumas vezes sanguinolenta. 


Capturando alimento por emissão de pseudópode


     Observação: os dois filos seguintes, Actinopoda e Foraminifera já pertenceram ao filo acima, o Rhizopoda (amebóides), porque também são protozoários com pseudópodes, porém finos. Em sala os vimos no slide, e aqui eu mantive a nova classificação de filos separados.

Filo Actinopoda (radiolários e heliozoários)

Apresentam pseudópodes afilados (em forma de raio), reticulópodes ou axópodes. Radiolários são exclusivamente marinhos e contêm uma cápsula de quitina central de sustentação. Heliozoários não têm essa cápsula e são na maioria de água doce.


Filo Foraminifera (Foraminíferos)

A maioria é de vida marinha. Apresentam um esqueleto externo perfurado (carapaça), de quitina ou carbonato de cálcio, ou fragmentos calcários ou silicosos. Os finos pseudópodes se projetam pelos furos da carapaça. As carapaças de muitas espécies formaram extensos depósitos no fundo dos oceanos que deram origem a rochas sedimentares calcárias (vasas).

Filo Apicomplexa (Esporozoários)

Os apicomplexos não apresentam estruturas de locomoção e são exclusivamente parasitas. A maioria formam vários esporos  no ciclo de vida, e todos apresentam uma fase de surgimento do complexo apical, uma proeminência na célula (ápice) importante para a penetração do parasitas na célula hospedeira. Os mais importantes são os do gênero Plasmodium (malária), o Toxoplasma Gondii (Toxoplasmose).


















Filo Zoomastigophora (Flagelados)

Dotados de um, dois ou mais flagelos em forma de chicotes para a natação ou captura de alimento. Há espécies de vida livre, parasitas e mutualísticas. Provavelmente o flagelo surgiu de forma independente em diversos grupos de organismos e não constitui um apomorfismo que define um grupo monofilético. 
Exemplos de parasitas: Trypanosoma cruzi causador da doença de Chagas cujo vetor é o triatomídeo Barbeiro, um percevejo; Trypanosoma brucei agente causador da doença do Sono; Leishmania brasiliensis causador da Leishmaniose tegumentar e Leishmania chagasi causador da Leishmaniose visceral, cujos vetores são mosquitos do gênero Lutzomya; Trichomonas vaginalis causador da Tricomoníase uma DST não grave; Giardia lamblia causador de diarréia crônica e dor abdominal em cães, gatos, roedores e humanos por falta de higiene adequada. 
Exemplo em mutualismo: Gênero Trichonympha que vivem no tudo digestório de baratas e cupins realizando a digestão da celulose e recebendo abrigo e alimento.


Filo Cilliophora (Ciliados)

Apresentam cílios para a locomoção (e natação) ou captura de alimento. Têm 2 núcleos, o macronúcleo e o micronúcleo. A maioria das espécies é de vida livre, mas existem espécies em mutualismo no tubo digestório de ruminantes como bois, carneiros, cabras, girafas, etc.
 Uma espécie que parasita o homem é o Balantidium coli, que parasita especialmente o intestino de porcos, mas pode infectar humanos e causar disenteria aguda. Os ciliados atuais mostram alto grau de complexidade para organismos unicelulares, especialmente os do gênero Paramecium, que vive em água doce, sua célula recoberta por cílios, nada eficientemente e o macronúcleo controla por meio de seus genes, as funções vegetativas do organismo (metabolismo e regeneração), já o micronúcleo participa da reprodução (conjugação). O paramécio apresenta um sulco oral, um citóstoma e citofaringe por onde ingere bactérias, algas, leveduras, etc, forma-se um fagossomo que origina o vacúolo digestório, após a digestão forma-se um vacúolo residual que é eliminado por um local específico, o citopígeo ou citoprocto. Sua regulação osmótica é realizada por dois vacúolos contráteis. A imagem maior mostra um ciliado (Didinium sp.) atacando outro ciliado, um paramécio.





ESTUDO:
LIVRO DE BIOLOGIA
EXERCÍCIOS DAS PÁGINAS:
166, 167 E 168.
ATÉ TERÇA-FEIRA DIA 11/06/2013, POSTAREI A RESOLUÇÃO.



Bibliografia:
- Zoologia Geral - Tracy Irwin Storer - 6ª edição. Companhia Editora Nacional, São Paulo, 2003.
- Biologia - Volume 2 (Biologia dos organismos) - José Mariano Amabis, Gilberto Rodrigues Martho - Ed. Moderna 2ª edição, São Paulo, 2004.
- Biologia - Volume único - Sônia Lopes, Sergio Rosso - Ed. Saraiva, São Paulo, 2006.
- Biologia - Volume único - Sérgio Linhares, Fernando Gewandsznadjer - Ed. Ática, São Paulo, 2008.


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