segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

O FETO DE 60 ANOS


  Uma senhora chinesa de 82 anos, Huang Yijun ficou grávida em 1948, mas recebeu dos médicos a notícia que seu bebê havia morrido em seu ventre. Sem dinheiro para pagar a cirurgia para extrair o feto morto, ela não passou por nenhum procedimento e manteve o feto morto. Anos mais tarde, ao sentir uma dor na barriga, o feto foi identificado como a causa do desconforto. E foi diagnosticado um fenômeno bastante curioso, a existência de um litopédio (lito-pedra, pedo-criança), um feto que não chegou a cavidade uterina, não foi expulso nem absorvido, permanecendo na tuba uterina e calcificado gradativamente junto a bolsa amniótica. Essa calcificação ocorre para que o feto não se decomponha prejudicando o organismo materno. Na maioria dos casos conhecidos,o embrião/feto calcificado não causou sintomas, mas quando isso ocorre podem surgir problemas como obstrução intestinal, abcesso pélvico, problemas de fertilidade, etc.

sábado, 30 de novembro de 2013

ROTEIRO DE ESTUDO PARA 1º ANO - 4º bimestre - ensino médio

SAÚDE DAS POPULAÇÕES

EPIDEMIA:  surto de doença ocasional. Ex: gripe aviária.

ENDEMIA: surto de doença usual ( faixa endêmica). Ex: febre amarela no norte brasileiro.

PANDEMIA: surto de doença mundial. Ex: Aids.

ANTÍGENO: elemento que causa reação imunológica no organismo. Exemplos: agentes infecciosos como vírus, bactérias, fungos, vermes, agentes alérgenos (causadores de alergia), venenos de animais peçonhentos, toxinas.

ANTICORPO: proteína de defesa que o corpo produz pelo sistema imunológico, em resposta a um antígeno. Os anticorpos servem para neutralizar e combater os antígenos.

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VACINA: Produto biológico feito de fragmentos de antígenos (vírus ou bactérias) para estimular o corpo a produzir anticorpos e agir rapidamente quando entrar em contato com um agente infeccioso. Tem efeito preventivo, se utiliza no organismo saudável.























SORO IMUNE: Produto biológico feito em animal cobaia que recebe antígeno em doses graduais (agente infeccioso ou veneno) até formar anticorpos que são extraídos para formar o soro imune. Esse produto é utilizado em pessoas acometidas por venenos ou toxinas, quando seu sistema imunológico não pode agir adequadamente. Quando a pessoas recebe o soro, recebe anticorpos prontos, assim, o efeito é curativo. 





DST: DOENÇA SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEL

Elas podem ser causadas por bactérias. Ex: gonorreia e sífilis.
Por virus: Aids, herpes, condiloma (HPV), hepatites B e C.
Por fungos: candidíase.
Por protozoários: tricomoníase.
A forma de prevenção (profilaxia para todas é o uso correto do preservativo nas relações sexuais).


HORMÔNIOS DA REPRODUÇÃO E DOS CARACTERES SEXUAIS

Gonadotrofinas: são produzidos na glândula hipófise no cérebro e estimulam as gônadas (ovários e testículos), são o FSH hormônio folículo estimulante e o LH hormônio luteinizante.

Os hormônios produzidos nas gônadas são as progesteronas, estrógenos e testosteronas.

Outros hormônios produzidos pela hipófise que agem durante a gestação e após:
Oxitona (ocitona): age na contração uterina e na ejeção do leite.
Prolactina: estimula a lactação.

Notas:

  • A instituição da vacinação obrigatória no século passado no Rio de Janeiro causou revolta da população, cuja revolta ficou conhecida como "Revolta da Vacina", o diretor de saúde que propôs tal iniciativa, foi Osvaldo Cruz.
  • A rubéola é uma doença viral, infecto-contagiosa, que se transmite por tosse e espirro, de maior   importância para as gestantes, pois o vírus da rubéola atravessa a placenta atinge o feto e pode causar efeitos teratogênicos. Já foram instituídas muitas campanhas de vacinação voltadas para a população masculina que procura menos os serviços de saúde e aumenta a probabilidade de transmissão para as mulheres.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Roteiro para a prova do 3º ano do ensino médio (4º bimestre)

PLANTAS COM SEMENTES E ESTRÓBILO
As plantas da divisão das GIMNOSPERMAS possuem sementes como resultado da fecundação e geração de um embrião, a estrutura responsável pela reprodução é o ESTRÓBILO (pinha, cone), onde as sementes ficam reunidas.
A polinização é fundamental para a fecundação, variabilidade gênica e manutenção das espécies, e nesse grupo ela ocorre geralmente pelo vento, processo chamado anemofilia.

PLANTAS COM SEMENTE, FLOR E FRUTO
As plantas da divisão das ANGIOSPERMAS possuem sementes como resultado da fecundação e geração de um embrião, a estrutura responsável pela reprodução é a FLOR que resulta em um fruto, onde se encontra uma ou mais sementes.
A polinização nesse grupo pode ocorrer pelo vento, mas ocorre principalmente por animais como insetos, aves e morcegos (entomofilia, ornitofilia e quiropterofilia); por conta dos inúmeros atrativos que a diversidade floral oferece à esses animais.



REINO  ANIMALIA

PARAZOÁRIOS

Poríferos
Esponjas, animais de estrutura muito simples e vida séssil (fixa)
Sem tecidos organizados, nem órgãos
Maioria assimétrica
Aquáticos, predominância marinha
Vários poros pelo corpo para entrada de água e partículas
uma cavidade (espongiocele ou átrio) para a saída de água e resíduos
Digestão intracelular - células flageladas - coanócitos
Rede de fibras da proteína espongina
Espículas de calcário ou sílica


METAZOÁRIOS

Cnidários
Hidras, caravelas, corais, anêmonas. Animais com estrutura um pouco mais complexa em relação ao filo anterior
Espécies de vida séssil (pólipos) ou livre natante (medusas)
Aquáticos, simetria radial
Sistema digestório com boca que se abre na cavidade gastrovascular, sem ânus
Tentáculos e células urticantes, os cnidócitos
Digestão em parte intracelular, em parte extracelular
Suas camadas de células formam epiderme, mesogleia e gastroderme
Primeiros animais com células sensoriais, dispostas de foma difusa pelo corpo

Platelmintos
Vermes de corpo achatado dorso-ventralmente
Ocorrência da simetria bilateral
Maioria das espécies é monóica
Vida e livre e parasitas
Sistema nervoso ganglionar


Nematódeos
Vermes de corpo cilíndrico afilado nas extremidades
Ocorrência da simetria bilateral
Maioria das espécies é dioica com dimorfismo sexual
Vida e livre e parasitas
Sistema nervoso ganglionar
Dois cordões nervosos


Anelídeos
Vermes de corpo segmentado
Ocorrência da simetria bilateral
Espécies dióicas e monóicas
Vida livre e parasitas
Sistema nervoso ganglionar


Moluscos
Corpo mole não segmentado
Simetria bilateral
Pé muscular bastante desenvolvido
Massa visceral
Manto
Presença de concha na maioria
Sistema nervoso ganglionar
Monóicos e dióicos



Artrópodos
Animais com apêndices articulados (patas, palpos, antenas)
Exoesqueleto de quitina (carapaça, armadura)
Em alguns reforço do esqueleto com carbonato de cálcio
Filo mais diversificado
Corpo segmentado
Muda de carapaça (ecdise)


Equinodermos
Endoesqueleto de placas calcáreas
Pés ambulacrais
Pele com projeções em forma de espinhos ou tubérculos
Dióicos
Nervos radiais
Vida livre e raros comensais





Cordados
Animais que apresentam em pelo menos uma fase da vida:
notocorda, fendas branquiais na faringe
tubo neural
cauda pós anal
Invertebrados e vertebrados

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

TRABALHO FINAL PARA AS SALAS DE 3º ANO DO ENSINO MÉDIO

 TRABALHO 1

“Carta do Pleistoceno 
Senhores cientistas, 
quem daqui lhes escreve – daqui não sendo o além exatamente mas uma espécie de ponto de vista – é o mamute. O mamute, aquele que vocês trouxeram recentemente à luz lá pelos lados da Rússia – à luz ofuscante dos flashes e dos holofotes de TV, é bom que se diga, porque uma certa luz fraca e opalinada me alcançou sempre através do gelo. E escrevo porque chegou-me a notícia – como chegam depressa as notícias nesse tempo vosso! – de que estão tencionando me clonar. Estão planejando tirar um pedaço de mim, daquilo que vocês chamam DNA, manipulá- lo de alguma maneira que para o meu cérebro antigo parece assaz complicada, mas que deveria se concluir com a minha presença implantada num óvulo de elefanta, decorrente gravidez e posterior nascimento. Peço-lhes encarecidamente que não façam isso. Poderia invocar os direitos de autor, pois, embora mínimo, qualquer pedaço de mim me pertence, mas receio não estar coberto por vossas leis autorais. Apelo então para aqueles sentimentos caridosos que
dizeis habitar vosso coração. E para o bom senso, que infelizmente nem sempre tem esse mesmo endereço. Estou, como os meus semelhantes, extinto desde o Pleistoceno. Boas razões tivemos para sumir, embora ainda não pudéssemos prever o que vocês aprontariam no planeta. Não sumimos sozinhos. Outras coisas se foram desde então, outros animais. Aparentemente não fizeram falta. Nosso erro, talvez, foi ter deixado o retrato nas paredes das cavernas, alimentando saudades. E agora nos querem de volta. Mas, nascido outra vez, o que faria eu? Único da minha espécie, que função me dariam vocês depois de me fazerem atravessar à força 200 mil anos? Uma jaula de zoológico ou um viveiro de laboratório? Serviria para o turismo ou como cobaia? Seria uma peça de museu viva ou criatura que escapou de algum desses filmes de que vocês tanto gostam? E quem embolsaria o cachê pelo uso da minha imagem? No meu mundo, os homens que me caçavam com suas armas de pontas de pedra me temiam, quase como a um deus, e à noite, ao redor do fogo, falavam de mim com reverência. No mundo de vocês eu seria apenas um monstro que não inspira respeito a ninguém. Um monstro solitário, sem sequer a possibilidade de apaixonar-me por uma loura e carregá-la para o alto do Empire State Building. Um monstro condenado à vida. E como explicar, à elefanta de quem eu nasceria, nosso estranho parentesco? O desmonte daquilo que fui já começou antes mesmo do seqüestro do meu DNA. Plantado no gelo durante séculos como uma árvore submersa, permaneci, até vossa chegada, com a dignidade de um ser grandioso. Eu era uma estátua da minha era. Intacto. Soberbo. Logo acabaram com isso. Sequer tiveram a elegância de serrar inteiro o bloco que me continha. Serraram apenas o que lhes interessava, a porção que me manteria congelado. Os dentes deixaram de fora. E assim retangular, como uma embalagem de leite ou uma caixa de polpa de tomate em que alguém tivesse cravado dois garfos, fui içado por um guindaste diante dos olhos do mundo. Eu já não era uma estátua, era um container. Sei que para vocês eu nem mereço qualquer explicação, mas digam-me, qual é exatamente sua intenção? Esquecendo o brilhareco científico, suspeito que queiram trazer o passado de volta, com a desculpa de estudá-lo diretamente. Mas se fomos extintos é porque já não nos encaixávamos nas condições ao redor – a evolução ejeta seus antigos parceiros. Para realmente trazer-nos de volta seria preciso clonar muito mais do que o meu DNA, seria preciso duplicar tudo aquilo que nos mantinha vivos. E uma vez recriado aquele universo, como vocês se encaixariam nele? Permitam-me uma última pergunta: encontrando restos de Homo sapiens dos quais fosse possível retirar o DNA, tentariam vocês igualmente implantá-lo no ventre de uma mulher do século vinte e um?” (COLASANTI, p. 17 a 19).


IDEIAS:
- Identificar os pontos de vista que aparecem no texto.  
- Observar que as perguntas do animal permitem reflexões e inferências.  
- Trocar impressões sobre o texto e as opiniões sobre as razões do mamute.  
- Ampliar a discussão para outras questões que envolvem o ponto de vista dos animais, tais como animais em cativeiro, no zoológico, animais domésticos e as intervenções humanas no ambiente de forma geral. 
 - Refletir sobre os aspectos éticos ligados à relação dos humanos com as experiências envolvendo animais e humanos.  
- Refletir no que mais precisaria ser clonado para recriar o ambiente do mamute, do ponto de vista biológico.
- Responder à carta, como se fosse o cientista.
- Escrever uma resenha.
- Buscar mais informações sobre o fato.

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TRABALHO 2

Texto 1 

“Depois de percorrido um quilômetro, surgiu uma floresta imensa, mas não mais daqueles bosques de cogumelos de Porto Gráuben. Tratava-se da vegetação da era terciária em toda a sua magnificência. Grandes palmeiras, de espécies hoje desaparecidas, soberbas palmácias, pinheiros, teixos, ciprestes, tuias representavam a família das coníferas e se entrelaçavam numa rede emaranhada de cipós. Um tapete de musgos e hepáticas revestia levemente o solo. Alguns riachos murmuravam sob aquela sombra, pouco dignos desse nome, já que não havia sombra. Nas suas margens, havia fetos arbóreos parecidos com os das serras quentes do globo habitado. Só que faltava cor àquelas árvores, àqueles arbustos, àquelas plantas, privados do calor vivificante do sol. Tudo se confundia numa coloração uniforme, acastanhada, meio que envelhecida. As folhas eram desprovidas de verde, e as próprias flores, tão numerosas na era terciária que as viu nascer, agora não tinham cor nem perfume, e pareciam feitas de papel desbotado sob a ação da atmosfera. Meu tio Lidenbrock aventurou-se debaixo daquela gigantesca mata. Segui-o, não sem certa apreensão. Já que a natureza pusera ali uma alimentação vegetal, por que não poderíamos encontrar também os temíveis mamíferos? Naquelas amplas clareiras deixadas pelas árvores caídas e roídas pelo tempo, eu via leguminosas, aceráceas, rubiáceas, e milhares de arbustos comestíveis, apreciados pelos ruminantes de todos os períodos. Depois surgiam, confundidas e entremeadas, as árvores das mais diferentes regiões do globo, o carvalho crescendo perto da palmeira, o eucalipto australiano apoiando-se no abeto da Noruega, a bétula do norte misturando os seus galhos com os do Bauris neozelandês. Era o suficiente para confundir o sistema dos mais engenhosos classificadores da botânica terrestre. De repente, parei. Com a mão, retive o meu tio.
A luz difusa permitia ver os menores objetos nas profundezas das matas. Julguei ver... Não! Eu realmente via com os meus olhos formas imensas agitando-se debaixo das árvores! Eram animais gigantescos, um rebanho inteiro de mastodontes, não mais fósseis, mas vivos, e parecidos com aqueles cujos restos foram descobertos em 1801 nos pântanos de Ohio! Via aqueles grandes elefantes, cujas trombas se enroscavam sob as árvores como uma legião de serpentes. Ouvia o barulho das suas longas presas, o marfim furando os velhos troncos. Os galhos se partiam, e as folhas, arrancadas em enormes massas, se engolfavam na ampla goela daqueles monstros. Aquele sonho em que eu vi renascer todo aquele mundo dos tempos antediluvianos, das eras terciária e quaternária, finalmente se realizava! E nós estávamos lá, sozinhos, nas entranhas do Globo, à mercê daqueles ferozes habitantes. Meu tio olhava. – Vamos – disse ele, de repente, pegando-me pelo braço. – Em frente, em frente! – Não! – exclamei. – Não! Não temos armas! Que faremos no meio desse rebanho de quadrúpedes gigantes? Venha, meu tio, venha! Nenhuma criatura humana pode provocar impunemente a cólera desses monstros” (VERNE, 2002, p. 211-2).


Texto 2 

“No Eoceno superior surgem outras famílias de plantas com flores, entre elas as Malpighiáceas, Rhizophoráceas (gênero Rhizophora). A ocorrência de pólen fóssil dos gêneros Rhizophora (mangue), Nipa (vinda desde o Cretáceo) e Brownlowia (Tiliácea vinda do Paleoceno), todos juntos nos estuários do Eoceno superior, há uns 40 M.a.atrás, indica o início do ecossistema de Manguezal (ou mangue). O gênero Avicennia (mangue branco), comum nos manguezais modernos, só começa a ser encontrado mais tarde, a partir do Mioceno inferior. Estes dados mostram que o ecossistema de mangue é muito antigo, com pelo menos 40 M.a., e que sobreviveu até o presente. Contudo agora está ameaçado de extinção pelo homem. No Eoceno surge um novo grupo de mamíferos, os Cetáceos (baleias, delfins etc.). Eles vão ocupar, segundo G. G. Simpson, o nicho ecológico deixado por répteis como os ictiossauros e plesiossauros, que se extinguiram um pouco antes ou no final do Cretáceo. Estes eram animais marinhos carnívoros que se alimentavam de peixes, calamares, amonites e outros animais de porte médio a pequeno. Foram substituídos na cadeia alimentar por peixes carnívoros, mas, a partir do Eoceno, os Cetáceos passaram a ocupar um nicho trófico (alimentar) semelhante a este, e o ocupam até hoje. Os fósseis de delfins do Eoceno superior têm a forma externa muito semelhante à dos ictiossauros, e muito diferente de seus ancestrais terrestres” (SALGADO, 1998, p. 170).


IDEIAS:
- Identificar a denominação popular para as espécies e gêneros dos seres apresentados
- Identificar termos que revelam se tratar de ficção científica
- Elaborar um cladograma hipotético com as espécies citadas
- Elaborar uma ilustração desses ecossistemas descritos.
- Elaborar uma resenha.

Os dois textos tratam da mesma era geológica e, dentro dela, do mesmo período terciário. No primeiro texto há uma recriação do ambiente baseada na intenção do autor. Na literatura, é possível criar mundos inexistentes, como o fez J. Tolkien em O senhor dos anéis, ou Ítalo Calvino em Cidades invisíveis. Aqui, Júlio Verne apóia-se nos conhecimentos científicos disponíveis na época para dar verossimilhança à história. No segundo texto há uma descrição apoiada nos dados e evidências obtidos pela Paleontologia. A linguagem e a forma indicam que se trata de um texto da esfera científica, e a pista que referenda a descrição é dada pela “ocorrência de pólen fóssil ... indica”, “fósseis de delfins...”. O texto apresenta grande quantidade de termos técnicos, os nomes das categorias taxonômicas, e o autor usa os parênteses para dar exemplos de plantas e/ou animais pertencentes a essas categorias. O uso dos parênteses com função explicativa é freqüente nos textos científicos e pode ser um apoio aos estudantes para a apropriação das informações apresentadas.  Dias (2004) aponta para reflexos da evolução do conhecimento científico nas histórias em quadrinhos: “Durante a Guerra Fria, a radiação invadiu as HQs conferindo, inclusive, superpoderes aos heróis. Atualmente, a engenharia genética, a robótica e a nanotecnologia são algumas das áreas científicas que têm movimentado a criação de roteiros e personagens nas HQs. Os autores dos quadrinhos parecem acompanhar o desenvolvimento das ciências e o que circula delas no imaginário popular. Quando surgiu a ovelha Dolly, por exemplo, uma série interminável do Homem-Aranha colocou em cena os clones. Os próprios poderes do Homem-Aranha no cinema já não resultam mais da picada de uma aranha radioativa, mas de uma aranha geneticamente modificada”.

Saúde e qualidade de vida das populações humanas

 Esperança de vida

         A expectativa de vida, também chamada de esperança de vida ao nascer, consiste na estimativa do número de anos que se espera que um indivíduo possa viver. Esse dado é muito importante, visto que é um dos critérios utilizados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) para se calcular o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de um determinado lugar. Vários fatores exercem influência direta na expectativa de vida da população de um país: serviços de saneamento ambiental, alimentação, índice de violência, poluição, serviços de saúde, educação, etc. Portanto, o aumento da expectativa de vida está diretamente associado à melhoria das condições de vida da população. Os avanços nesses dados estão sendo obtidos desde 1950, em que se constatou, em 2010, um aumento de mais de 20 anos na expectativa de vida da população mundial nesse período (1950 – 2010). No entanto, esse aumento ocorreu de forma desigual entre os países desenvolvidos, em desenvolvimento e as nações subdesenvolvidas. Outra discrepância nos dados da expectativa de vida se refere aos sexos: as mulheres, na maioria dos países, vivem mais que os homens. Alguns possíveis fatores responsáveis por esse fenômeno: - A mortalidade infantil é mais comum entre os bebês do sexo masculino. 
- As mulheres procuram serviços de saúde com mais frequências do que homens. 

- A maioria dos trabalhos de grande periculosidade é exercida por homens. 

Atualmente, a expectativa de vida da população brasileira é de 72,5 anos, sendo que as mulheres vivem, em média, 76 anos e os homens, 69 anos. 

        A população brasileira continuará crescendo até 2042, quando deverá chegar a 228,4 milhões de pessoas. A partir do ano seguinte, ela diminuirá gradualmente e estará em torno de 218,2 milhões em 2060. Esse é um dos destaques da publicação “Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade para o Período 2000/2060 e Projeção da População das Unidades da Federação por Sexo e Idade para o período 2000/2030”, que o IBGE disponibiliza atualmente em 2013.



         Observa-se, por exemplo, que a idade média em que as mulheres têm filhos, que está em 26,9 anos em 2013, deve chegar a 28 anos em 2020 e 29,3 anos em 2030.

          A esperança de vida ao nascer deve atingir os 80,0 anos em 2041, chegando a 81,2 anos em 2060. Já entre as unidades da Federação, a esperança de vida em Santa Catarina deve alcançar os 80,2 anos já em 2020. Nesse mesmo ano, o Maranhão deve ser o estado com esperança de vida mais baixa (71,7 anos), mas deve chegar a 74,0 anos em 2030 e, assim, ultrapassar Rondônia e Piauí, que estarão com esperanças de vida em 73,8 e 73,4 anos, respectivamente. 


Doenças tropicais

        Tradicionalmente, as doenças tropicais eram consideradas uma espécie de tributo obrigatório que os habitantes dos trópicos pagavam por viver numa região de clima privilegiado. Essas doenças adquiriam características epidêmicas e acometiam milhões de pessoas que viviam em determinadas áreas. Malária, doença de Chagas, febre amarela, leishmaniose, dengue, entre outras, estão entre as enfermidades que costumam ser rotuladas como doenças tropicais. Na maior parte das vezes, o micro-organismo é transmitido por insetos que encontram nos trópicos seu habitat ideal.
Exceção feita à febre amarela, não existem vacinas para essas doenças, mas há tratamento. 



O Sudeste e a Dengue

      O Aedes aegypti é considerado o vetor mais importante da dengue. Adaptado ao ambiente urbano, e em contato com todas as pessoas.
      No Brasil, o combate a esse vetor data das memoráveis campanhas de Oswaldo Cruz e Emílio Ribas, sendo que no ano de 1955 foi considerado erradicado. No final da década de 1970 e início dos anos 80 do mesmo século, o mosquito foi reintroduzido. No estado de São Paulo, a reinfestação foi detectada inicialmente em municípios da região oeste, no ano de 1984, pela Superintendência de Controle de Endemias – Sucen, autarquia vinculada à Secretaria de Estado da Saúde. Em fevereiro de 1985, a Sucen assumiu a responsabilidade pela vigilância e controle do vetor, elaborando um programa com o objetivo de evitar a transmissão da febre amarela e dengue no estado de São Paulo.
      Com o processo de municipalização das ações de controle do Aedes aegypti, em 1997, as atividades de rotina do programa passaram a ser o controle do Aedes aegypti e do Aedes albopictus. Relacionou-se a positividade para larvas de Aedes aegypti com índices pluviométricos mensais.



Epidemias na História

         Na Idade Média, uma epidemia de Peste Negra (peste bubônica), transmitida dos ratos contaminados para os homens através da picada de pulgas, fez milhões de vítimas em meados do século XIV.
        Uma epidemia pode acontecer também quando ocorre uma mutação do agente patogênico, pegando de surpresa o sistema de defesa das pessoas. O vírus da gripe (influenza), por exemplo, está em constante processo de mutação. Entre os anos de 1918 e 1919, a epidemia da gripe espanhola (também conhecida como gripe pneumônica) fez milhões de vítimas no mundo todo.


Risco atual

      Atualmente, os médicos e pesquisadores temem uma epidemia da gripe aviária (gripe do frango). O vírus H5N1, causador desta doença, é resistente e mutável. Uma epidemia desta doença poderia matar milhões de pessoas no mundo todo.








segunda-feira, 28 de outubro de 2013

BIOLOGIA - ENEM 2013

Pessoal, segue a correção da prova rosa do ENEM do dia 27 de Outubro de 2013. É interessante que os alunos de 3º ano confiram, porém, que os alunos de 1º e 2º também analisem as questões, visto que estão presentes os conteúdos de suas respectivas séries.


PROVA ROSA - 27/10/2013

Questão 46
Para identificar o corpo, os peritos devem verificar se há homologia entre o DNA mitocondrial do rapaz e do (a):
D - Avó materna.
Após se utilizar do DNA nuclear, podemos utilizar o DNA mitocondrial para contribuir com provas, esse DNA que herdamos, é oriundo da parte materna, portanto só pode ser de sua avó materna.

Questão 54
Considerando a preocupação com a Síndrome da Rubéola Congênita, as campanhas passaram a dar enfoque à vacinação dos homens, porque eles: 
B - Transmitem o vírus a mulheres gestantes.
A rubéola se propaga em todas as pessoas e se recomenda que a mulher se imunize contra a doença antes da gestação, pois se trata de um vírus teratogênico, ou seja, relacionado a má formação, mas os homens não podem deixar de se vacinar, pois se a mulher não tomou a vacina, diminuirá  risco de transmissão à ela.

Questão 56
Dos grupos de seres vivos citados, os que contribuem diretamente para a manutenção dessa produtividade no referido ecossistema, são:
B - Algas
Os organismos que são produtores em todos os ecossistemas, são os clorofilados, seres autotróficos que produzem matéria orgânica principalmente sob forma de carboidrato; são as plantas e as algas. 

Questão 63 
A função do aumento das vilosidades intestinais para essas serpentes é maximizar:
B - Área de contato com conteúdo intestinal para absorção dos nutrientes.
As vilosidades intestinais estão presentes na maioria dos seres vivos, com a função de aumentar a área de absorção, se trata de uma adaptação.

Questão 66  
A concentração de O2 próximo ao solo, próximo a queda, será:
A - Menor, pois haverá consumo de O2 durante a decomposição dessas árvores.
A ação de organismos heterótrofos decompositores da matéria morta consome bastante oxigênio, pois se trata comumente de decomposição aeróbica.

Questão 67 
Apesar de ser um comportamento aparentemente desvantajoso para o macho, canibalismo sexual evoluiu nesses táxons animais porque:
B - Favorece o sucesso reprodutivo individual de ambos os parentais.
Para insetos que se alimentam de matéria vegetal, o comportamento canibal das fêmeas contribui para a maior ingestão de proteínas, matéria prima para a produção de seus ovos com sucesso na quantidade e qualidade de sua prole, e para o macho a perpetuação de seus genes.

Questão 73 
Considerando o resultado do experimento, qual a contribuição desse médico para a saúde humana?
A - A prevenção de diversas doenças infectocontagiosas em todo o mundo.
Antes da grande descoberta do antibiótico por Alexander Fleming, Edward Jenner já havia sido brilhante em descobrir como prevenir doenças infectocontagiosas, fato que nos remete uma sábia  frase: "prevenir é melhor do que remediar" (principalmente quando se trata de doenças).

Questão 75
De que maneiras as práticas agrícolas podem ajudar a minimizar o agravamento do efeito estufa?
E - Atenuando a concentração de resíduos vegetais no solo.
O ideal é promover o aumento da biomassa, ou seja, matéria vegetal viva.

Questão 77 
Qual gráfico representa a concentração sangüínea desses hormônios durante o período do experimento?
A - Primeiro gráfico.
O uso constante de pílula anticoncepcional gera a vantagem de manter os níveis de estrógenos e progesteronas constantes, porque pelo mecanismo de retroalimentação, a hipófise libera ou cessa seus hormônios LH e FSH (hormônio luteinizante e hormônio folículo estimulante) que estimulariam a secreção dos hormônios estrógeno e progesterona naturais.

Questão 78
A demonstração de Harvey permite estabelecer a relação entre circulação sangüínea e:
B -  Válvulas venosas.
Podemos sentir algumas dessas válvulas que auxiliam a manter o sangue em uma direção apenas pelo toque.

Questão 80 
Que casal pode ser considerado como pais biológicos do bebê?
C - Casal 3.
Todas as bandas de DNA do bebê, coincidem com as bandas do exame dos integrantes do casal 3.

Questão 82 
Considerando a estratégia metodológica descrita, qual organela celular poderia ser utilizada para inserção de transgenes em leveduras?
B- Mitocôndria.
A mitocôndria é uma organela que porta DNA, assim como os cloroplastos nos vegetais, pois são organelas de origem simbiôntica.

Questão 83
Nessa modificação da ictiofauna, o desaparecimento de cascudos se explica por:
C - Aumento da competição interespecífica.
Se as espécies têm o nicho semelhante, ou seja, apresentam hábitos semelhantes, são então competidoras, mas de espécies diferentes (interespecíficas).

Questão 86
Qual é a melhor linhagem para se conseguir rendimento de polímeros secretados pelo meio de cultura?
A - Linhagem I
A linhagem 1, porque tendo um porcentual maior de Complexo Golgiense, disponibilizará mais secreção, porque essa é a organela responsável por liberar secreções pela célula.

Questão 90
A população de espécies invasoras crescem bastante por terem vantagem em:
B - Não possuírem parasitas e predadores naturais presentes no ambiente exótico.
Organismos estranhos se adaptam  muito bem em regiões onde o alimento é disponível e adequado; e na maioria das vezes não há predadores para barrar sua proliferação.


quinta-feira, 10 de outubro de 2013

REINO PLANTAE



























EXEMPLAR DE BRIÓFITA:


EXEMPLAR DE PTERIDÓFITA:


EXEMPLAR DE GIMNOSPERMA:


EXEMPLAR DE ANGIOSPERMA:




CICLOS DE VIDA

BRIÓFITA



PTERIDÓFITA



GIMNOSPERMA



ANGIOSPERMA



EVOLUÇÃO DO ESPORÓFITO


quarta-feira, 9 de outubro de 2013

RADIOATIVIDADE

  •     
      O homem sempre conviveu com a radioatividade. Na superfície terrestre pode ser detectada energia proveniente de raios cósmicos e da radiação solar ultravioleta.
    Nas rochas, encontramos elementos radioativos, como o urânio-238, urânio-235, tório-232, rádio-226 e rádio-228.
    Até mesmo em vegetais pode ser detectada a radioatividade: as batatas, por exemplo, contêm potássio-40. As plantas, o carbono-14.
    No nosso sangue e ossos encontram-se potássio-40, carbono-14 e rádio-226.

    Veja abaixo alguns exemplos das radiações em nosso dia-a-dia:
    exemplos de radiação
    Alimentos: 25 mrem por ano
    Radiografia Dentária: 20 mrem
    Energia Solar: 11 mrem por ano


    •       O fenômeno da radioatividade foi descoberto pelo físico francês Henri Becquerel, em 1896. Becquerel realizou diversos estudos e verificou que sais de urânio emitiam radiação semelhante à dos raios-X, impressionando chapas fotográficas.

      •    Se um átomo tiver seu núcleo muito energético, ele tenderá a estabilizar-se, emitindo o excesso de energia na forma de partículas e ondas.
        o fenômeno da radiação










        RADIAÇÕES ALFA, BETA E GAMA
        radiação
        • As radiações alfa ( a ) e beta ( b ) são partículas que possuem massa, carga elétrica e velocidade. Os raios gama ( g ) são ondas eletromagnéticas ( não possuem massa ), que se propagam com a velocidade de 300.000 km/s.

          • grafico
            Cada elemento radioativo se transmuta a uma velocidade que lhe é característica. Meia-vida é o tempo necessário para que a sua atividade radioativa seja reduzida à metade da atividade inicial.
            Após o primeiro período de meia-vida, somente a metade dos átomos radioativos originais permanecem radioativos. No segundo período, somente 1/4 , e assim por diante. Alguns elementos possuem meia-vida de frações de segundos. Outros, de bilhões de anos.

            • isótopos
              Isótopos são átomos de um mesmo elemento químico, porém com massas diferentes. Quando o isótopo é radioativo, é chamado de radioisótopo.





            • irradiação
              Irradiação é a exposição de um objeto ou um corpo à radiação, o que pode ocorrer à distância, sem necessidade de contato. Irradiar, portanto, não significa contaminar.



              CONTAMINAÇÃO
                   Contaminação, radioativa ou não, caracteriza-se pela presença indesejável     de um material em local onde não deveria estar. No caso de materiais radioativos, a contaminação gera irradiações. Para descontaminar um local, retira-se o material contaminante. Sem o contaminante o lugar não apresentará irradiação, nem ficará radioativo.

              •  O ACIDENTE DE CHERNOBYL
                     Ucrânia, 1986, um reator estava parando para manutenção periódica anual. Estavam sendo feitos testes na parte elétrica com o Reator quase parando, isto é, funcionando à baixa potência. Para que isso fosse possível, era preciso desligar o Sistema Automático de Segurança, caso contrário, o reator poderia parar automaticamente durante os testes, o que eles não desejavam. Os reatores deste tipo não podem permanecer muito tempo com potência baixa, porque isso representa riscos muito altos. Ainda assim, a operação continuou desta forma. Os operadores da Sala de Controle do Reator, que são treinados segundo as normas internacionais de segurança, não obedeceram aos cuidados mínimos, e assim, acabaram perdendo o controle da operação.  A temperatura aumentou rapidamente e a água que circulava nos tubos foi total e rapidamente transformada em vapor, de forma explosiva. Houve, portanto, uma explosão de vapor, que arrebentou os tubos, os elementos combustíveis e os blocos de grafite.
                   A explosão foi tão violenta que deslocou a tampa de concreto e destruiu o teto do prédio, que não foi previsto para agüentar tal impacto, deixando o Reator aberto para o meio ambiente. Como o grafite aquecido entra em combustão espontânea, seguiu-se um grande incêndio, arremessando para fora grande parte do material radioativo que estava nos elementos combustíveis, danificados na explosão de vapor.
                       
            O ACIDENTE EM GOIÂNIA
                 O acidente de Goiânia envolveu uma contaminação radioativa, isto é, existência de material radioativo em lugares onde não deveria estar presente. Uma fonte radioativa de césio-137 era usada em uma clínica da cidade de Goiânia, para tratamento de câncer. Nesse tipo de fonte, o césio-137 fica encapsulado, na forma de um sal, semelhante ao sal de cozinha, e “guardado” em um recipiente de chumbo, usado como uma blindagem contra as radiações. Após vários anos de uso, a fonte foi desativada, isto é, não foi mais utilizada, embora sua atividade radioativa ainda fosse muito elevada, não sendo permissível a abertura do invólucro e o manuseio da fonte sem cuidados especiais.
                      Qualquer instalação que utilize fontes radioativas, na indústria, centros de pesquisa, medicina nuclear ou radioterapia, deve ter pessoas qualificadas em Radioproteção, para que o manuseio seja realizado de forma adequada. Locais destinados ao armazenamento provisório de fontes ou rejeitos devem conter tais fontes ou rejeitos com segurança, nos aspectos físico e radiológico, até que possam ser removidos para outro local, com aprovação da CNEN.
                 A Clínica foi transferida para novas instalações mas o material radioativo não foi retirado, contrariando a Norma da CNEN. Toda firma que usa material radioativo, ao encerrar suas atividades em um local, deve solicitar o cancelamento da autorização para funcionamento (operação), informando o destino a ser dado a esse material. A simples comunicação do encerramento das atividades não exime a empresa da responsabilidade e dos cuidados correspondentes, até o recebimento pela CNEN.
                 Duas pessoas “retiraram sem autorização” o equipamento do local abandonado, que servia de abrigo e dormitório para mendigos.
                  A blindagem foi destroçada, deixando à mostra um pó azul brilhante, muito bonito, principalmente no escuro. E o “pozinho brilhante” foi distribuído para várias pessoas, inclusive crianças. O material que servia de blindagem foi vendido a um ferro velho. O material radioativo foi-se espalhando pela vizinhança e várias pessoas foram contaminadas. A CNEN foi chamada a intervir e iniciou um processo de descontaminação de ruas, casas, utensílios e pessoas.
                 O acidente radioativo de Goiânia resultou na morte de quatro pessoas, dentre 249 contaminadas. As demais vítimas foram descontaminadas e continuaram em observação, não tendo sido registrados, até o momento, efeitos tardios provenientes do acidente. Um dos atingidos, uma senhora, deu à luz uma criança perfeitamente sadia. 

            A DESCONTAMINAÇÃO EM GOIÂNIA
               Como foi mencionado, o “pó brilhante” foi distribuído para várias pessoas, inclusive crianças, o que resultou em irradiação dos envolvidos. Móveis, objetos pessoais, casas (pisos e paredes) e até parte da rua foram contaminados com césio-137. No caso das pessoas, procedeu-se a um processo de descontaminação, interna e externamente, o que foi feito com sucesso, com exceção das 4 vítimas fatais imediatas. Aquele que poderia ser a quinta vítima, por ter sido altamente contaminado (e que foi descontaminado), morreu de cirrose hepática e não em decorrência do acidente.
            Quanto aos objetos (móveis, eletrodomésticos etc.), foram tomadas providências drásticas, em razão da expectativa altamente negativa e dos temores da população. Móveis e utensílios domésticos foram considerados rejeitos radioativos e como tal foram tratados.
            Casas foram demolidas e seus pisos, após removidos, passaram também a ser rejeitos radioativos. Parte da pavimentação das ruas foi retirada. Estes rejeitos radioativos sólidos foram  temporariamente armazenados em embalagens apropriadas, enquanto se aguardava a construção de um repositório adequado.
            A CNEN estabeleceu, em 1993, uma série de procedimentos para a construção de dois depósitos com a finalidade de abrigar, de forma segura e definitiva, os rejeitos radioativos decorrentes do acidente de Goiânia. O primeiro, denominado Contêiner de Grande Porte (CGP), foi construído em 1995, dentro dos padrões internacionais de segurança, para os rejeitos menos ativos.
            O segundo depósito, visando os rejeittos de mais alta atividade, concluído em 1997, deverá ser mantido sob controle institucional da CNEN por 50 anos, coberto por um programa de monitoração ambiental, de forma a assegurar que não haja impacto radiológico no presente e no futuro.



            O ACIDENTE EM FUKUSHIMA

                  O terremoto de 8,9 graus na escala Richter e o tsunami que abalaram o Japão na madrugada de 11 de março de 2011, provocaram danos na usina nuclear de Fukushima, localizada na região nordeste da ilha. Vazamentos radioativos foram registrados e um iminente desastre nuclear mobilizou a comunidade internacional. No momento do terremoto, 11 usinas localizadas na região entraram em processo de desligamento. Como parte do procedimento, os reatores precisam ser resfriados, uma vez que a fissão nuclear permanece ocorrendo mesmo após a interrupção na geração da energia. Cerca de uma hora depois do tremor, a usina de Fukushima foi atingida pelo tsunami. O sistema de resfriamento foi avariado e os técnicos japoneses passaram a adotaram medidas alternativas, como a injeção de água do mar nos reatores. Mesmo assim, três explosões se sucederam, a última delas na manhã da segunda-feira (14). Segundo informações do governo japonês, houve vazamento radioativo, mas os reatores estão preservados. Os níveis de radiação no entorno da usina superaram em oito vezes o limite de segurança, forçando a evacuação da população em um raio de 20 km ao redor da usina. As explosões ocorreram quando a água usada para o resfriamento se tornou vapor de alta temperatura - liberando hidrogênio, altamente inflamável. E o acidente aconteceu com o reator em funcionamento. O evento do Japão é mais parecido com o acidente na usina Three Mile Island, em 1979, nos Estados Unidos. Na ocasião, em TMI, não houve vítimas nem vazamento de radiação para além dos limites da usina. No entanto, no Japão, com o acidente ainda fora de controle e dificuldade das autoridade em mensurar seus efeitos, os estragos podem ser maiores.



http://www.cnen.gov.br/




domingo, 29 de setembro de 2013

Trabalho para compensação de ausência de alunas do 3º ano em licença gestante:

 
Questionário - Filos animais

01) Quais são os tipos de ovos que ocorrem nos filos animais?
02) Cite características que os animais pertencentes ao filo dos Poríferos possuem.
03) Cite características que os animais pertencentes ao filo dos Cnidários possuem.
04) Qual a diferença entre pólipo e medusa?
05) Qual a função dos cnidoblastos?
06) Quais são as caracterísiticas gerais dos platelmintos?
07) Quais as principais doenças causadas por platelmintos?
08) Quais as principais doenças causadas por nematelmintos?
09) Quais são os principais tipos de anelídeos e qual o critério de divisão utilizado?
10) Cite as três classes conhecidas de moluscos.
11) Quais as características gerais dos artrópodes?
12) Dê um exemplo de cada classe de artrópode
13) Qual a principal característica dos equinodermos e quais animais fazem parte desse grupo?
14) Apresente diferenças entre peixes ósseos e peixes cartilaginosos.
15) Quais os tipos de respiração que os anfíbios possuem?
16) Dê um exemplo de cada tipo de réptil.
17) Quais as principais características das aves?
18) Quais as estruturas que favorecem o vôo nas aves?
19) Quais as principais características dos mamíferos
20) Cite os anexos embrionários que ocorrem nos mamíferos.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Resolução das questões para análise das páginas 91/92 - Fungos (3º ano)

1- a) Reino Fungi; não possuem clorofila e são, portanto, heterotróficos.
b) Digestão extracelular pela liberação de enzimas digestivas para fora das células.
c) Estruturas formadas por hifas produtoras de esporos (micélio de reprodução); pode ser utilizado como alimento.

2 - a) No frasco IV, porque fica  o tempo todo em contato com o ar, que facilita a instalação de esporos.
b) Os esporos entram em contato com o substrato, germinam e originam as hifas, que crescem o formam  corpo de frutificação. Este formará novos esporos, que se disseminarão pelo ar e recomeçarão o ciclo.
c) Porque, sendo heterotróficos, necessitam de substâncias orgânicas como alimento.

3 - a) Fungos e bactérias decompõem cadáveres de animais e vegetais. Assim os minerais desses organismos podem ser absorvidos pelas raízes dos vegetais e voltar às cadeias alimentares.
b) Os fungos produzem antibióticos, usados no combate à infecções bacterianas.

4 - a) Os fungos têm nutrição heterotrófica, absorvendo moléculas orgânicas do ambiente.

5 - O aluno retirou apenas os corpos de frutificação dos fungos quando passou o pano com álcool. O micélio permaneceu no interior da madeira da porta, e após uma semana a parte externa reprodutiva foi refeita.

6 - a) Em condições anaeróbicas.
b) O rendimento energético em condições anaeróbicas é muito menor do que em condições aeróbicas.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

CICLO DO OXIGÊNIO (1º ANO)


  • O oxigênio é um elemento químico abundante na natureza, presente em todos os ambientes do planeta. Ocupa na atmosfera aproximadamente 21% em volume, circulante na forma gasosa, 98% dissolvido na hidrosfera (ambiente aquático: lagos, rios, mares, oceano e geleiras polares) e constituindo 47% da litosfera (parte sólida da crosta terrestre). 
  • Processos dinâmicos globais, bióticos e abióticos como: os aspectos geológicos, hidrológicos e biológicos, mantêm a rotatividade desse elemento no planeta, mantendo o metabolismo respiratório de todos os organismos. 
  • Sua conversão, da forma elementar O2 para outras moléculas, utilizada pelos organismos, depende da fotossíntese, processo que utiliza matéria inorgânica e energia solar para produzir matéria orgânica e oxigênio (O2) posteriormente absorvido pela respiração aeróbia dos organismos. 
  • Durante os processos evolutivos, a síntese desse elemento possibilitou transformações consideráveis a ponto de propiciar e garantir o surgimento da vida e das atividades vitais. 
  • Sua participação na composição da camada de ozônio (O3) na estratosfera é de fundamental importância, pois atua como barreira contra a penetração excessiva de radiação ultra-violeta (UV), que é potencialmente cancerígeno.
  • Dessa forma, a degradação da camada de ozônio é um dos grandes problemas da atualidade (buraco na camada de ozônio), no entanto, não ocorre a formação de buracos e sim a rarefação dessa camada, que fica mais fina, permitindo que uma maior quantidade de raios ultravioleta atinjam a Terra.
  • Em determinadas épocas do ano ocorrem reações químicas na atmosfera, tornando a camada de ozônio mais fina, mas logo ela volta a sua forma original. Contudo, as atividades humanas têm agravado esse processo, principalmente através das emissões de substâncias químicas halogenadas artificiais, com destaque para os clorofluorcarbonos (CFCs). 
  • As moléculas de clorofluorcarbono, ou Freon, passam intactas pela troposfera, que é a parte da atmosfera que vai da superfície até uma altitude média de 10.000 metros. Em seguida essas moléculas atingem a estratosfera, onde os raios ultravioletas do sol aparecem em maior quantidade. Esses raios quebram as partículas de CFC (ClFC) liberando o átomo de cloro. Este átomo rompe a molécula de ozônio (O3), formando monóxido de cloro (ClO) e oxigênio (O2). 
  • A reação tem continuidade e logo o átomo de cloro libera o de oxigênio que se liga a um átomo de oxigênio de outra molécula de ozônio, e o átomo de cloro passa a destruir outra molécula de ozônio, criando uma reação em cadeia.
  • Todavia, existe a reação que beneficia a camada de ozônio: Quando a luz solar atua sobre óxidos de nitrogênio, estes podem reagir liberando os átomos de oxigênio, que se combinam e produzem ozônio. Estes óxidos de nitrogênio são produzidos continuamente pelos veículos automotores, resultado da queima de combustíveis fósseis.
  • Infelizmente, a produção de CFC, mesmo sendo menor que a de óxidos de nitrogênio, consegue, devido à reação em cadeia já explicada, destruir um número bem maior de moléculas de ozônio que as produzidas pelos automóveis.
  • Em 1987, visando evitar esse desastre, 47 países assinaram um documento chamado Protocolo de Montreal, que passou a vigorar em 1989. Esse Protocolo tem por objetivo reduzir a emissão de substâncias nocivas à camada de ozônio.
  • O resultado tem surtido alguns efeitos positivos, visto que vários países pararam de fabricar o gás clorofluorcarbono (CFC), havendo uma queda de aproximadamente 80% no consumo mundial de CFC. No entanto, essa medida não é suficiente para proteger a camada de ozônio.
Curiosidade: o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio é comemorado em 16 de setembro.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

INTRODUÇÃO - CICLOS BIOGEOQUÍMICOS (1º ANO)


INTRODUÇÃO

Na natureza, nada se cria, nada se perde: tudo se transforma...
Antoine Lavousier, 1789 


   A conhecida expressão de Lavousier nos remete a ideia de que o transporte de matéria nos ecossistemas consiste na existência de circuitos nos quais os diversos elementos são constantemente reciclados.

   Os nutrientes, ao contrário da energia, permanecem dentro do ecossistema, onde circulam continuamente entre os organismos e o meio físico. A maioria desses nutrientes origina-se nas rochas da crosta ou na atmosfera terrestre, mas dentro do ecossistema eles são reutilizados várias vezes pelas plantas e pelos animais antes que se dispersem nos sedimentos, águas correntes, lençóis de água ou atmosfera. 

   Apesar de toda a energia assimilada pelas plantas ser “nova”, a solar, recebida de fora do ecossistema, a maioria dos nutrientes assimilados pelas plantas já foi usada antes. Por exemplo, a amônia absorvida do solo pelas raízes poderia ter sido lixiviada pela serrapilheira no solo da floresta naquele mesmo dia. O CO2 assimilado por todas os seres autotróficos teve origem na respiração animal, vegetal ou microbiana.

   Cada elemento segue uma trajetória única, determinada por suas transformações bioquímicas particulares, no seu ciclo através do ecossistema. Sistemas vivos transformam elementos nos seus compostos para fornecer nutrientes que vão construir as estruturas e transportar a energia requerida por todos os processos vitais. A longo prazo, os processos que transformam elementos de uma forma em outra devem equilibrar esses processos que restauram a forma inicial.

   Os elementos percorrem ciclos pelo ambiente, e pela biomassa, e esses ciclos são chamados geoquímicos e biogeoquímicos.


A ÁGUA NO NOSSO PLANETA

   Os primeiros passos da atmosfera terrestre:

   O sistema solar, o Sol, a Terra e os outros planetas, apareceram há 4,8 bilhões de anos. Em torno da Terra, ainda quente, a atmosfera era constituída por vapor d'água (H2O), ácido clorídrico (HCl), gás carbônico (CO2), metano (CH4), hidrogênio (H2), nitrogênio (N2), amoníaco (NH3) e ácido sulfídrico (H2S). A atmosfera é ácida e redutora.

   A terra, em processo de resfriamento, era destituída de vida e radicalmente diferente de quase todos os aspectos do planeta em que vivemos. As nuvens de vapor que a circundavam se condensavam e formavam mares de água fervente. A massa terrestre estava distribuída de modo bem diferente da atual distribuição dos continentes. Os vulcões ativos eram abundantes. A atmosfera rarefeita se compunha de nuvens de hidrogênio, monóxido de carbono, amônia e metano. O oxigênio livre estava ausente. Essa mistura de gases permitia a penetração de radiações ultravioletas, banhando a terra com calor muito intenso. Tempestades magnéticas de extrema violência varriam as nuvens e bombardeavam a terra e o mar com faíscas elétricas.


Texto adaptado de VERDOLIN, Cleber Paulo. Unidade II . A reciclagem nos ecossistemas. Capítulo III. Pág.42, 7ª versão. 2007 


Primeiros ciclos da água

   Considera-se, com os primeiros ciclos da água, suas alterações, a hidrólise e a formação dos primeiros solos, bem como a neutralização da atmosfera.

   A Terra resfria-se; o vapor d'água condensa-se; o primeiro oceano se forma; o ciclo da água coloca-se em funcionamento: evaporação, transporte, chuva, escoamento superficial em direção ao oceano e, novamente, evaporação.

   A Terra torna-se animada; as coisas se repetem. Com o ciclo da água, começam a funcionar, igualmente, os ciclos geoquímicos (ainda não biogeoquímicos) de superfície: alteração e formação dos primeiros solos; erosão, transporte, depósitos marinhos ou lacustres e formação dos primeiros sedimentos. A Terra se anima enquanto se instalam os ciclos geodinâmicos. No seu aspecto físico, as coisas parecem reproduzir-se. No seu aspecto químico, elas modificam-se.

   Com a condensação do vapor d'água, forma-se a hidrosfera. A atmosfera, a hidrosfera e a litosfera interagem. Transferências químicas são produzidas. Simultaneamente à verdadeira redistribuição da matéria, diferenciam-se os ciclos geoquímicos dos elementos: carbono, enxofre, fósforo, silício, cálcio, magnésio, sódio, alumínio, ferro etc. Os processos geoquímicos dominantes são a dissolução e a alteração.
   A dissolução dos gases atmosféricos nas águas conduz à formação dos ácidos clorídrico (HCl), sulfídrico (H2S) e carbônico (H2CO3).

   A alteração, resultado da interação entre atmosfera, hidrosfera e litosfera é, antes de tudo, química. Progressivamente, o oceano e a atmosfera têm sua composição modificada. Os ácidos clorídrico, sulfídrico e carbônico são neutralizados. O ácido clorídrico transforma-se em cloreto de sódio (NaCl), acumulado em solução no oceano (Cl vem da atmosfera; Na da litosfera); o ácido sulfídrico (hidrogênio sulfurado) é fixado nos solos ou nos sedimentos sob forma de sulfeto de ferro (FeS) (S vem da atmosfera e Feda litosfera); o gás carbônico é também fixado sob a forma de carbonato de cálcio ou de magnésio (CaCO3, MgCO3) (C vem da atmosfera ou do oceano; Ca e Mg da litosfera).


   A alteração dos silicatos da crosta terrestre fornece sílica e cátions básicos que, uma vez em solução, chegam ao oceano. Fornece também argilas que permanecem temporariamente nos solos. Os materiais argilosos formados nos solos são mais tarde erodidos, depois transportados na água dos rios em direção aos oceanos para formar os sedimentos. O resultado da alteração é duplo: neutralização do oceano e da atmosfera e formação das argilas nos solos e nos sedimentos.
   O oceano e a atmosfera tornam-se neutros ou pouco ácidos. A temperatura na superfície da Terra suaviza-se. O oxigênio continua ausente do ar atmosférico. Não se sabe se estes fatores foram determinantes, mas é interessante sublinhar ter sido aproximadamente no mesmo momento no qual se formaram os primeiros sedimentos que os primeiros traços de Vida apareceram e nasceram as primeiras bactérias e, posteriormente, os primeiros vírus. As argilas, os sulfetos de ferro, os carbonatos de cálcio e de magnésio, se não são os ninhos da Vida, são os primeiros testemunhos de seu nascimento!

Texto adaptado de Yves Tardy, 1995.

Desenvolvimento da Vida e primeira revolução química no ambiente terrestre

   Há 3,5 bilhões de anos, as primeiras bactérias fotossintéticas aparecem. A reação de fotossíntese de uma molécula de matéria orgânica simples (CH2O) consome gás carbônico (CO2) e libera oxigênio (O2): CO2 + H2O = CH2O + O2

   Cada vez que uma molécula de matéria orgânica formada é conservada nos solos, cada vez que, por erosão e por soterramento nos sedimentos, uma molécula de matéria orgânica, preservada da oxidação, se conserva sob a forma de carvão, uma molécula de gás carbônico é retirada da atmosfera, enquanto uma molécula de oxigênio é liberada na atmosfera. Oxigênio é assim produzido por fotossíntese; mas, ele não está ainda livre, pois, assim que é liberado, ele é imediatamente consumido pela oxidação de compostos redutores como metano, amoníaco, hidrogênio e ácido sulfídrico da atmosfera e os sulfetos de ferro ferroso da litosfera expostos à alteração.

   O metano da atmosfera oxida-se em gás carbônico. O hidrogênio se oxida em água. Os sulfetos da litosfera, expostos à alteração, e o anidrido sulfurado da atmosfera se oxidam em sulfatos. O ferro ferroso se oxida em ferro férrico. Todos os compostos redutores da hidrosfera, da atmosfera e da litosfera primitivas, captadores de oxigênio, progressivamente oxidam-se. O oxigênio assim capturado está presente, como reserva, nos compostos oxidados (Garrels & Mackenzie, 1971).

   Os primeiros sulfatos sedimentares aparecem ao mesmo tempo que os primeiros organismos. São provas geoquímicas do aparecimento, sobre a Terra, da vida bacteriana fotossintética. O oxigênio dos sulfatos do oceano, gipso ou anidrita (CaSO4), hematita (Fe2O3) dos solos lateríticos, assim como uma parte do oxigênio ligado ao ferro férrico dos granitos da crosta terrestre reciclada, provêm do desenvolvimento da Vida. O oxigênio é fruto da Vida e, dito de outra forma, o resíduo (o excremento) natural da vida fotossintética, enquanto que o gás carbônico é seu alimento.

   Há dois bilhões de anos, ou seja, 1,5 bilhões de anos após o início da fotossíntese, quando a taxa de produção pôde equilibrar a taxa de consumo sempre regulada pelo ritmo da erosão, o oxigênio livre fez sua aparição na atmosfera.  

Texto adaptado de Yves Tardy, 1995.

   As nuvens são compostas por gotas de água de diferentes tamanhos, e não de vapor d’água como algumas pessoas pensam. O vapor se condensa na forma de gotas em torno de partículas de poeira, fumaça e sal, suficientemente leves para permanecerem suspensas no ar. A grande maioria das gotas tem dimensões microscópicas (na ordem de um milésimo de milímetro). Como há uma grande diversidade de tamanhos, cada gota espalha a luz proveniente do Sol de uma maneira diferente. A luz solar é composta por todas as frequências do chamado espectro visível (que vai do vermelho ao violeta). Dependendo do seu tamanho, a gota de água espalha uma determinada frequência. As gotas maiores espalham as baixas frequências (vermelho, amarelo etc) enquanto as gotas menores espalham as de altas frequências (azul, violeta etc). A combinação do espalhamento de todas as cores tem como resultado a cor branca. Pode-se verificar isso, quando misturamos tintas com todas as cores do arco-íris.

A “espuma” que aparece na crista das as ondas no mar também é branca devido ao efeito do espalhamento da luz por partículas de água com diferentes tamanhos.

A nuvem fica escura quando as gotas de água se tornam maiores. Neste caso ocorre a absorção da luz incidente e o espalhamento é menor. Quanto mais escura for a nuvem, maiores são as gotas e, portanto, maior a chance de chover.