segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Saúde e qualidade de vida das populações humanas

 Esperança de vida

         A expectativa de vida, também chamada de esperança de vida ao nascer, consiste na estimativa do número de anos que se espera que um indivíduo possa viver. Esse dado é muito importante, visto que é um dos critérios utilizados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) para se calcular o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de um determinado lugar. Vários fatores exercem influência direta na expectativa de vida da população de um país: serviços de saneamento ambiental, alimentação, índice de violência, poluição, serviços de saúde, educação, etc. Portanto, o aumento da expectativa de vida está diretamente associado à melhoria das condições de vida da população. Os avanços nesses dados estão sendo obtidos desde 1950, em que se constatou, em 2010, um aumento de mais de 20 anos na expectativa de vida da população mundial nesse período (1950 – 2010). No entanto, esse aumento ocorreu de forma desigual entre os países desenvolvidos, em desenvolvimento e as nações subdesenvolvidas. Outra discrepância nos dados da expectativa de vida se refere aos sexos: as mulheres, na maioria dos países, vivem mais que os homens. Alguns possíveis fatores responsáveis por esse fenômeno: - A mortalidade infantil é mais comum entre os bebês do sexo masculino. 
- As mulheres procuram serviços de saúde com mais frequências do que homens. 

- A maioria dos trabalhos de grande periculosidade é exercida por homens. 

Atualmente, a expectativa de vida da população brasileira é de 72,5 anos, sendo que as mulheres vivem, em média, 76 anos e os homens, 69 anos. 

        A população brasileira continuará crescendo até 2042, quando deverá chegar a 228,4 milhões de pessoas. A partir do ano seguinte, ela diminuirá gradualmente e estará em torno de 218,2 milhões em 2060. Esse é um dos destaques da publicação “Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade para o Período 2000/2060 e Projeção da População das Unidades da Federação por Sexo e Idade para o período 2000/2030”, que o IBGE disponibiliza atualmente em 2013.



         Observa-se, por exemplo, que a idade média em que as mulheres têm filhos, que está em 26,9 anos em 2013, deve chegar a 28 anos em 2020 e 29,3 anos em 2030.

          A esperança de vida ao nascer deve atingir os 80,0 anos em 2041, chegando a 81,2 anos em 2060. Já entre as unidades da Federação, a esperança de vida em Santa Catarina deve alcançar os 80,2 anos já em 2020. Nesse mesmo ano, o Maranhão deve ser o estado com esperança de vida mais baixa (71,7 anos), mas deve chegar a 74,0 anos em 2030 e, assim, ultrapassar Rondônia e Piauí, que estarão com esperanças de vida em 73,8 e 73,4 anos, respectivamente. 


Doenças tropicais

        Tradicionalmente, as doenças tropicais eram consideradas uma espécie de tributo obrigatório que os habitantes dos trópicos pagavam por viver numa região de clima privilegiado. Essas doenças adquiriam características epidêmicas e acometiam milhões de pessoas que viviam em determinadas áreas. Malária, doença de Chagas, febre amarela, leishmaniose, dengue, entre outras, estão entre as enfermidades que costumam ser rotuladas como doenças tropicais. Na maior parte das vezes, o micro-organismo é transmitido por insetos que encontram nos trópicos seu habitat ideal.
Exceção feita à febre amarela, não existem vacinas para essas doenças, mas há tratamento. 



O Sudeste e a Dengue

      O Aedes aegypti é considerado o vetor mais importante da dengue. Adaptado ao ambiente urbano, e em contato com todas as pessoas.
      No Brasil, o combate a esse vetor data das memoráveis campanhas de Oswaldo Cruz e Emílio Ribas, sendo que no ano de 1955 foi considerado erradicado. No final da década de 1970 e início dos anos 80 do mesmo século, o mosquito foi reintroduzido. No estado de São Paulo, a reinfestação foi detectada inicialmente em municípios da região oeste, no ano de 1984, pela Superintendência de Controle de Endemias – Sucen, autarquia vinculada à Secretaria de Estado da Saúde. Em fevereiro de 1985, a Sucen assumiu a responsabilidade pela vigilância e controle do vetor, elaborando um programa com o objetivo de evitar a transmissão da febre amarela e dengue no estado de São Paulo.
      Com o processo de municipalização das ações de controle do Aedes aegypti, em 1997, as atividades de rotina do programa passaram a ser o controle do Aedes aegypti e do Aedes albopictus. Relacionou-se a positividade para larvas de Aedes aegypti com índices pluviométricos mensais.



Epidemias na História

         Na Idade Média, uma epidemia de Peste Negra (peste bubônica), transmitida dos ratos contaminados para os homens através da picada de pulgas, fez milhões de vítimas em meados do século XIV.
        Uma epidemia pode acontecer também quando ocorre uma mutação do agente patogênico, pegando de surpresa o sistema de defesa das pessoas. O vírus da gripe (influenza), por exemplo, está em constante processo de mutação. Entre os anos de 1918 e 1919, a epidemia da gripe espanhola (também conhecida como gripe pneumônica) fez milhões de vítimas no mundo todo.


Risco atual

      Atualmente, os médicos e pesquisadores temem uma epidemia da gripe aviária (gripe do frango). O vírus H5N1, causador desta doença, é resistente e mutável. Uma epidemia desta doença poderia matar milhões de pessoas no mundo todo.








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